Vejo a face marcada e dura da tua dor,
ouço os uivos repetitivos da tua raiva,
sinto o desepero amargo dos teus sentidos
e dói-me o negro acutilante das verdades
que carregas como culpas,
dos valores calcinados,
corrompidos de eternos ódios e rancores.
Presa fácil, de ingenuidade,
das desconfianças e credos,
fechada no labirinto das paredes
cobertas de antigo e de medos,
numa teia de fraquezas e vícios,
na recusa de rasgar uma fresta
e de se contemplar em admiração,
desnudada de complexos e mitos,
na corrente de mãos dadas com o mundo.
Destruido pelo conflito de ser vencido,
apaixonado sem amor,
temendo receber o que não sabe oferendar
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